sexta-feira, 2 de julho de 2021

Situação do mundo atual

 Várias das realidades que se enfrentam no mundo atual são as seguintes:

  • Altos níveis de emigração para os países desenvolvidos, o que causa preocupação nas populações desses países pois os emigrantes têm uma cultura e costumes diferentes delas (pelo menos em parte);
  • Globalização das decisões governamentais (devido à existência de organizações mundiais/regionais -exs: ONU, UE...), de tal forma que se torna quase impossível para cada estado exercer a sua soberania;
  • A emergência de um novo tipo de guerra - o terrorismo - onde se ataca as populações, em vez das nações;
  • Os altos níveis de poluição a nível mundial, com habitats a serem destruídos, gases tóxicos a serem emitidos para a atmosfera e que criam eventos atmosféricos nefastos para o ser humano (exs: fog, chuvas ácidas), entre outros eventos*;
  • Aumento da pobreza a nível mundial*;
  • A privatização, internacionalização e deslocalização das empresas para países com normas e salários mais baixos, originando desemprego nos países de origem das mesmas;
  • Emergência das ONG que combatem os atropelos dos Direitos Humanos que ocorrem nesta sociedade global;
  • O aumento exponencial do acesso à informação e à desinformação.
  • Desenvolvimento das tecnologias, em especial da robótica, da nanotecnologia...
  • O desenvolvimento de uma crise de valores em que os valores mais básicos, como o do direito à vida são violados (aborto, eutanásia, utilização de vacinas que põem a saúde de quem as toma em risco...) e relativizados.
  • A globalização da cultura sendo as marcas generalizadas, em especial na faixa etária dos jovens.




*Para combater esta poluição e a pobreza foi criado o Protocolo de Quioto. No entanto, o seu principal objetivo é o combate ao "aquecimento global" e às "alterações climáticas". (Possivelmente, irei escrever um post a explicar estas aspas)

Conflitos do final do século XX e início do século XXI

 Neste post irei falar-vos de algumas das guerras que ocorreram nos últimos 50 anos 

A Guerra pela independência de Timor-Leste

Após o 25 de abril de 1974 em Portugal, uma guerra civil se instala em Timor-Leste com a invasão do mesmo pela Indonésia. Com esta invasão entram em conflito vários grupos armados.
Para resolver este conflito, Portugal apresenta-o na Assembleia Plenária da ONU repetidas vezes. Esta envia mediadores para o diálogo entre a Indonésia, Portugal e Timor. Quando as negociações se concluem, resultando num resultado que desagrava a Indonésia; esta começa uma onda de violência contra os intermediários (UNAMET) e contra os jornalistas internacionais. Mas, quando é filmado o massacre de timorenses no cemitério de Santa Cruz, várias forças internacionais se juntam contra os atos da Indonésia e pressionam-na a deixar o país.
Com estas pressões e com o fim do apoio da Indonésia por parte dos EUA  com o fim da Guerra Fria, ela cede e possibilita a sua independência em 2002.


Permanência de Focos de tensão em zonas periféricas

O subdesenvolvimento que se continua a verificar em muitas partes do mundo (África subsariana, na América latina, na Ásia) deve-se a múltiplos fatores; alguns deles são:

  • a alta dependência dos países desenvolvidos, os quais lhes emprestam dinheiro com altos juros;
  • os conflitos constantes entre tribos em países que não têm qualquer identidade nacional* (na África subsariana);
  • a inexistência de um poder efetivo e de sistemas administrativos, vivendo-se na anarquia;
  •  a má gestão dos recursos disponíveis;
  • a grande porção da população viver refugiada por causa dos conflitos frequentes;
  • a falta de acesso a água potável, a serviços de saúde, a bens de 1ª necessidade;
  • ...
Com estes e outros fatores, torna-se bastante difícil, ou quase impossível o desenvolvimento dos mesmos.

A queda das ditaduras latino-americanas e a instauração das democracias


Nos anos  80 todas as ditaduras da América Latina caíram e, em seu lugar, são instauradas democracias. Estas não são bem sucedidas no que toca a providenciar as condições necessárias à vida digna da população pois estes mantinham a sua dependência em relação ao ocidente, tinham muitas vezes governos corruptos, entre outras causas.


Conflitos no Médio Oriente

Os conflitos entre o recentemente formado Estado de Israel e o Estado da Palestina, pelo território em que historicamente se tinha situado o Reino de Israel, têm-se arrastado desde a formação do 1º, em 1948, até à atualidade.
Este conflito tem origem na ideia do sionismo, criada no século XIX,  de criar um estado para todos os judeus, no local onde tinha sido o Reino de Israel. 
Só que quando este novo estado foi criado, já havia outro estado que reivindicava esse mesmo território, a Palestina. Logo que ele foi criado, a Palestina aliada a outros países árabes ataca Israel com os objetivos de fazer desaparecer o estado ilegal e recuperar as suas terras. Mesmo que Israel tenha lutado sozinho esta guerra, saiu vencedor da mesma.
Depois desta houve muitas guerras, tentativas de negociações entre os dois de forma a obter a paz e o reconhecimento de alguns países do novo estado.
Mesmo depois de tantas atrocidades, estes dois países ainda estão em conflito hoje.


Conflitos nos Balcãs


No final do século passado, a Jugoslávia começa a desmembrar-se pois, com a morte do seu líder - Josip Broz Tito - que era a única pessoa que conseguia manter o país unido (que era uma federação socialista formada pelos seis países: Sérvia, Eslovénia, Croácia, Macedónia, Bósnia-Herzegovina e Montenegro), as várias repúblicas começaram a desejar e a lutar pela sua independência (o seu principal opositor era a Sérvia que os queria manter unidos).
Na sua maioria, a independência consistiu num processo bastante sangrento, sendo de tal forma violento que foi o maior conflito armado desde a 2ª Guerra Mundial. A única exceção a esta regra foi a Macedónia que conseguiu a sua independência de forma pacífica.






*Em alguns casos é até entre vários países pois várias tribos vivem em diversos países.

 

A emergência de novas potências a nível mundial

 Consolidação Europeia

 A partir de 1985 são assinados os seguintes acordos entre os vários estados membros europeus:

  • Os acordos de Schengen (1985) que estabelecem a livre circulação de pessoas entre os estados, sendo que cada estado aderia quando entendia;
  • O Ato Único Europeu que estabeleceu as medidas necessárias para fazer os objetivos dos acordos de Schengen (exs: reforço dos poderes do Parlamento Europeu, estabelecimento de um prazo de aderência aos mesmos);
  • O Tratado de Maastricht que implementou medidas que originariam a cidadania europeia que consistia num conjunto de direitos comuns a todos os cidadãos europeus (direito de circulação e permanência noutro estado membro, direito de se candidatar, ou votar, em eleições autárquicas, ou europeias noutro estado; e o direito de petição ao Parlamento Europeu). 

Integração das novas democracias da Europa do Sul

Com a integração de Portugal, Espanha e da Grécia na CEE, estes países verificam grandes melhorias nos seus países, em especial, em Portugal que com os fundos da Europa desenvolve a construção de infraestruturas.


Afirmação do espaço económico Ásia-Pacífico

A partir dos anos 70 começam a aparecer novas potências económicas - os Novos Países Industrializados (NPI). Alguns exemplos destes NPI são a Coreia do Sul, a Tailândia e a China. 

Estes começam a implementar medidas que procurassem desenvolver o país; fomentaram o investimento em empresas nacionais e captaram investimentos estrangeiros em empresas com o facto de os salários serem mais baixos nestes países e assim criarem mais lucros.

Com estes investimentos, os NPI começam a prosperar e as condições de vida das suas populações melhoram.


 A modernização da China

Deng Xiaoping, sucessor de Mao Tsé-Tung, quis modernizar a China, e por isso implementou as medidas que todos os outros NPI tinham posto em prática. No entanto, este vedou a indústria militar, espacial e as telecomunicações que manteve sobre o poder do Estado. Mas, com estas medidas, as diferenças entre as classes sociais iam aumentando, e como os sindicatos que defenderiam os interesses dos trabalhadores eram ilegais, a situação só piorou.

Com esta abertura comercial ao estrangeiro, os estudantes de Pequim começaram a pensar que o governo começava a dar uma oportunidade de diálogo, e por isso começa um movimento que exigia que a China se tornasse uma democracia. Infelizmente, estes estavam bem enganados, pois foram repreendidos de tal forma que um grande número deles foi assassinado sem dó, nem piedade.

Também Macau (antigo território português) e Hong Kong (antigo território Inglês) foram integrados no país, mas, obtendo um estatuto especial onde, por 50 anos, podem manter a sua forma de governo, a sua cultura e os seus costumes.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

O Fim da Guerra Fria

A caída da URSS 

O regime comunista soviético começa a dar sinais de ir desabar (1982 - data da morte de Brejnev político que implementou o que está mencionado abaixo) pois a sua economia estava estagnada, e a população vivia"nas ruas da amargura". Esta situação deve-se ao facto de que o governo andar a investir no desenvolvimento de tecnologias relacionadas à corrida espacial, em vez de investir em medidas que fizessem desenvolver a economia e melhorar as condições de vida da população.

Já o seu sucessor, Mikhail Gorbachev, implementa medidas mais liberais:

  • A glasnost (traduzido à letra - transparência) - que implementava a liberdade de expressão e de informação. Também acabou com a censura, libertou os presos políticos e trouxe de volta os exilados.

  • A perestoika (traduzido à letra reestruturação) - consiste na diminuição da intervenção do Estado, e desenvolvimento de empresas independentes do mesmo (a economia, a indústria, a agricultura... tornaram-se independentes do estado), de forma a eficácia da gestão e dos lucros. Desta maneira, diminui as despesas do Estado, nomeadamente  as despesas militares pois estas são propositadamente diminuídas.

Durante o mandato de Gorbachev, também houve um acordo de desarmamento entre os EUA e a URSS - o Tratado de Washington, de 1987 onde ambos acordavam destruir e nunca voltar a produzir mísseis de médio e curto alcance.


 Outras medidas que ele tomou foram as seguintes:

  • a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão (iniciada em 1988), e a não intervenção no destino desta nação a partir daí;

  • a descentralização do regime.

Esta última medida desagradou muito aos nacionalistas, acrescentando essa tensão ao regime que já estava com sérios problemas.


Independência das nações satélite

De forma geral, a independência dos países do bloco comunista decorreu de forma pacífica mas, tendo uma exceção - a Polónia. Esta teve que passar por greves contra os ideais comunistas, por uma ditadura liderada pelo general Jaruzelski, até conseguir instaurar uma democracia em 1990. 

Com a queda do Muro de Berlim em 1989, a Alemanha unifica-se e com as revoluções pacíficas que vão ocorrendo nestes países e instaurando democracias nos mesmos, a própria URSS vai-se desmoronando.

Desmembramento da URSS

Com as tensões políticas causadas pelas medidas liberais de Gorbachev, mais as más condições em que a população vivia (exs: não haviam alimentos suficientes, as lojas estavam mal abastecidas) que a fazia revoltar-se contra o regime, e ainda a democratização do país, acabaram por causar a abolição do Partido Comunista e o desmembramento da URSS em 14 novos países:

Fig.1 - Países que formavam a antiga URSS.


Este desmembramento fez com que as guerras étnicas existentes anteriormente, mas contidas pelo poder soviético, viessem ao de cima e originassem guerras civis dentro destes novos estados.


A hegemonia americana

 Em 1989 termina a Guerra Fria com a vitória dos EUA; mas, estes já não são bem a superpotência que  eram no final da Segunda Guerra Mundial tendo vários problemas económicos internos* (ex: défice comercial).

Mesmo com estes problemas internos, os EUA puseram várias vezes em prática a sua política de serem os "polícias do mundo", nomeadamente nas guerras entre Kuwait e Iraque, e entre Israel e a Palestina.

O presidente Bill Clinton foi responsável por uma época de prosperidade no país. Este fez muitos atos importantes. Alguns deles foram: a criação de um orçamento equilibrado originando um equilíbrio na balança comercial do país; a implementação de legislação para melhorar a educação, para apoiar as famílias de crianças doentes, e com medidas ambientais.

A supremacia militar

Tal como já disse anteriormente, os Estados Unidos puseram em prática a sua política de "polícias do mundo". Esta política significa basicamente que estes irão intervir em conflitos estrangeiros sempre que acharem que os seus interesses estão ameaçados (exs: as suas intervenções nas guerras do Médio Oriente - Guerra do Golfo, o conflito israelo-palestiniano).
Como oposição a estes atos no Mundo Muçulmano, grupos extremistas muçulmanos fizeram ataques aos EUA, em especial o 11 de setembro de 2001 em que atacaram o World Trade Center (ou torres gémeas). Este ataque resultou numa implementação de medidas mais apertadas de controlo de entrada de capitais e de pessoas no país.



Ainda que o sistema governamental americano seja bem sucedido, tem múltiplos problemas, em especial, a ineficácia a responder a grandes emergências humanitárias (ex: socorrer as comunidades destruídas pelo Furacão Catrina em 2005) e a sua tendência para criar desigualdades, tendo as empresas apenas objetivos lucrativos, sem se preocupar com os meios.
Este facto é realçado durante o governo do presidente Bush (filho), o qual não implementa medidas sociais e ambientais chave, revertendo o progresso realizado pelo seu antecessor Bill Clinton.

Com a população a tomar consciência deste facto, começam a ficar cada vez mais contra este governo, sendo que se avizinhava uma mudança no mesmo.

Essa mudança chegou com a subida de Obama ao poder em 2009 que, para responder à crise que se sentia, implementou medidas necessárias em que o Estado passava a intervir mais na vida da população.


Inovação científica

Desde os anos 90 que a supremacia científica dos EUA se vem a desvanecer (ainda que se mantenham na maior potência nesta área tendo os maiores desenvolvimentos).
Isto deve-se ao desaparecimento da motivação de ultrapassar o inimigo que havia na Guerra Fria pois o atual inimigo apenas utiliza tecnologia militar já existente. Para além disso as medidas de controlo implementadas dificultam a entrada de cientistas no país.
Com isto tudo e com a fomentação do desenvolvimento da ciência noutros países, este começam a receber menos cientistas.





*Vários presidentes conseguiram implementar medidas para melhorar a condição do país e conseguiram fazê-lo, ainda que não o tenham conseguido totalmente.